Em meio a divergências na Câmara dos Deputados após o anúncio do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o presidente Lula se dirigiu publicamente ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmando que o deputado será “bem tratado” pelos partidos de esquerda. A declaração foi dada neste domingo, 1, durante a convenção nacional do PSB, partido do vice-presidente Geraldo Alckmin.

Em discurso, Lula descreveu Motta como uma “novidade na política brasileira”. E que independente do partido, seu comportamento e eleição como presidente da Câmara demonstra que “dentre tantas coisas ruins que nós vivemos, começam a acontecer coisas boas”. 

“Isso é extremamente importante. Eu quero que você saiba que os partidos de esquerda desse país vão lhe tratar como jamais alguém imaginou que pudessem tratar um presidente da Câmara que pertence a outro partido político”, acrescentou o petista.

O evento, realizado no Centro de Eventos e Convenções Brasil 21, em Brasília, marcou oficialmente a eleição de João Campos, prefeito do Recife, como presidente do PSB, ocupando o cargo deixado pelo agora ex-presidente Carlos Siqueira.

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Crise do IOF

No dia 22 de maio, o governo anunciou o aumento da alíquota do IOF como parte do esforço para atingir as metas fiscais de 2025. O impacto previsto com a medida seria de R$ 20 bilhões na arrecadação neste ano. Para 2026, a estimativa é ainda maior, chegando a R$ 41 bilhões.

A reação no Congresso Nacional foi imediata. O presidente da Câmara, Hugo Motta cobrou do governo a suspensão imediata da cobrança de IOF sobre operações de risco sacado.

Ao lado do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), Motta deu um prazo de dez dias para que a equipe econômica de Lula apresente uma proposta alternativa para reverter o aumento. Caso contrário, os parlamentares poderiam derrubar a medida.

Até o momento, já foram protocoladas 22 propostas no Legislativo visando à suspensão do reajuste: 20 na Câmara e 2 no Senado.





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