Politica

Selfies, likes e celebridades: o apequenamento do Senado

“Casa Alta” do Legislativo, o Senado tem o dever constitucional de ser o revisor das leis, um contrapeso contra ondas passageiras, responsável por corrigir excessos e aprimorar o trabalho legislativo da Câmara dos Deputados. Contudo, o que antes era uma missão para juristas, políticos tarimbados e estadistas, hoje está entregue, também, a celebridades e famosos.

A intelectualidade, decoro e experiência dos senadores, que marcaram debates de outras épocas, têm dado lugar a amadorismos, comportamentos extravagantes e espetaculosos – como mostra reportagem de Gabriel de Arruda Castro, nesta Gazeta. O episódio mais recente envolveu o senador Cleiton Gontijo de Azevedo (Republicanos-MG), conhecido como Cleitinho, que durante a CPI das Bets deu prioridade para tirar uma selfie com a influenciadora digital Virgínia Fonseca, a quem deveria interrogar. O senador, depois, se desculpou.

Dentre os atuais senadores estão ex-atletas, subcelebridades e influenciadores digitais sem trajetória política significativa. Isso levanta questionamentos sobre o preparo necessário para uma função tão importante. Será que essa mudança de perfil representa apenas uma alteração de estilo, ou há uma perda substancial para o país e para a representação dos estados que compõem a federação?

Em vez de estadistas, celebridades no Senado

Esse é o tema do programa Última Análise, no canal da Gazeta do Povo no YouTube, que vai ao ar nesta quarta-feira (21), às 19h. Quando os Estados são representados por celebridades no Senado em vez de “estadistas”, o que se perde? Qual a parcela de responsabilidade dos partidos políticos nessa alteração de perfil? Participam deste debate no Última Análise o jornalista Gabriel de Arruda Castro, o jurista André Marsiglia, o ex-chefe da Lava Jato, Deltan Dallagnol, e o escritor Francisco Escorsim. A mediação é do jornalista Marcos Tosi.

Nas eleições de 2026, dois terços das cadeiras do Senado serão renovadas. Reside aí uma esperança de setores da Direita de formar maioria significativa do plenário, a ponto de tornar possível uma fiscalização mais incisiva do judiciário. Tal configuração poderia, inclusive, desembocar em processo de impeachment de ministros do STF. Essas expectativas são realistas? São plausíveis diante do cerco que se faz às lideranças de Direita no país?

Acompanhe o debate no “Última Análise” desta quarta-feira, a partir das 19h.





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