O Partido Liberal (PL) demitiu o advogado Fabio Wajngarten, um dos assessores mais próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), após o vazamento de uma troca de mensagens com o tenente-coronel Mauro Cid. Os dois teriam feito críticas a possível candidatura da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que comanda o PL Mulher, ao Planalto nas eleições de 2026.
A conversa foi revelada pelo portal UOL no último dia 16. O contéudo foi obtido pela Polícia Federal a partir da perícia do celular do militar. Em 27 de janeiro de 2023, Wajngarten encaminhou a Cid uma notícia de que presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, poderia lançar Michelle à presidência da República, caso Bolsonaro continuasse inelegível.
Cid rebate: “Prefiro o Lula”. Wajngarten responde: “Idem”. Em seguida, o ex-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) de Bolsonaro pergunta: “Em que mundo o Valdemar está vivendo?”.
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Cid segue criticando Michelle em um áudio: “Cara, se a dona Michelle tentar entrar pra política num cargo alto, ela vai ser destruída, porque eu acho que ela tem muita coisa suja… Não suja, mas ela né, a personalidade dela, eles vão usar tudo contra pra acabar com ela”.
Durante a conversa, Wajngarten afirmou ainda que a ex-primeira-dama receberia um salário de R$ 39 mil no PL, “porque ela carrega o bolsonarismo sem a rejeição do Bolsonaro”. Após a reportagem do UOL, o ex-presidente criticou o teor da conversa entre seus ex-assessores.
“Diferentemente da atual primeira-dama [Janja da Silva], Michelle botava ordem na casa. Ela é quem botava ordem na casa, e o pessoal não gostava. Mas não justifica essa troca de mensagens, ainda mais em janeiro de 2023, quando eu estava elegível. Um falou besteira, o outro concordou”, disse Bolsonaro ao portal Metrópoles.
A Gazeta do Povo procurou Fabio Wajngarten, mas não teve retorno até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para manifestações.
