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PF prende ex-ministro Gilson Machado por tentar intermediar passaporte a Cid

O ex-ministro Gilson Machado, da pasta do Turismo do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi preso na manhã desta sexta (13) em Recife por supostamente tentar intermediar a emissão de um passaporte português para o tenente-coronel Mauro Cid, delator do suposto plano de golpe de Estado após as eleições de 2022.

A Gazeta do Povo tenta contato com assessores do ex-ministro.

“A Polícia Federal informa que cumpriu, nesta sexta-feira (13/6), dois mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva expedidos pelo Supremo Tribunal Federal.  As ordens judicias foram cumpridas em Recife/PE e Brasília/DF”, disse a PF em nota.

A prisão de Machado ocorreu quase em simultâneo à convocação de Cid para prestar um novo depoimento à Polícia Federal sobre a suposta emissão do documento. O militar chegou a ser alvo de um mandado, mas que foi revogado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

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Segundo informou a Procuradoria-Geral da República (PGR) na última quarta (11), a Polícia Federal apontou a atuação de Machado junto ao Consulado de Portugal na capital pernambucana, no mês passado, para “obter a expedição de um passaporte português em favor de Mauro César Barbosa Cid, para viabilizar sua saída do território nacional”, mas que “não obteve êxito na emissão do documento”.

“Sendo possível, porém, que ele busque alternativas junto a outras embaixadas e consulados com o mesmo objetivo, conforme os dados encaminhados”, seguiu o procurador-geral da República, Paulo Gonet, no pedido enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Há a suspeita de que Cid poderia utilizar o documento no futuro para deixar o país, assim como fez a deputada federal afastada Carla Zambelli (PL-SP) mais recentemente, após ser condenada a 10 anos e 8 meses de prisão por uma suposta invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2022.

“Possivelmente para viabilizar a evasão do país do réu MAURO CESAR BARBOSA CID, com o objetivo de se furtar à aplicação da lei penal, tendo em vista a proximidade do encerramento da instrução processual”, completou Gonet.

Gilson Machado, no entanto, negou ter procurado o consulado para ajudar Cid. Segundo afirmou na quarta (11), ele tomou conhecimento da suspeita através de reportagens publicadas na imprensa “envolvendo meu nome”.

“Reitero nessa oportunidade que apenas mantive contato telefônico em maio último, com Consulado Português, tão somente solicitando uma agenda para meu pai Carlos Eduardo Machado Guimarães renovar o passaporte, o qual foi feito após dita solicitação”, disse em nota.





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