
O líder da oposição na Câmara, deputado Zucco (PL-RS), criticou nesta quinta-feira (22) o congelamento de R$ 31,3 bilhões no Orçamento, anunciado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “É a confirmação explícita da falência do modelo econômico adotado pela gestão Lula”, disse o líder em nota enviada à Gazeta do Povo.
“Uma decisão que, lamentavelmente, aponta para o colapso fiscal já em 2027, como vínhamos alertando há meses. O que estamos vendo não é ajuste — é desespero”, complementou Zucco.
A contenção total, na casa dos R$ 31 bilhões, veio acima das expectativas de mercado, que, embora considerasse necessário um congelamento entre R$ 25 bilhões e R$ 31 bilhões, acreditava que o governo optaria por valor mais baixo, próximo de R$ 15 bilhões.
O detalhamento da contenção, por órgão, será conhecido com a divulgação de um decreto no próximo dia 30. Os órgãos deverão indicar as programações a serem bloqueadas/contingenciadas em até cinco dias úteis.
Além do bloqueio orçamentário, o governo também anunciou a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para cumprir as metas fiscais deste ano. O impacto esperado é de R$ 20 bilhões na arrecadação. Para 2026, a estimativa é arrecadar R$ 41 bilhões.
“E como sempre, quem paga a conta é o cidadão. Ao invés de cortar na própria carne, o governo volta a recorrer ao velho expediente: aumento de impostos. O anúncio do aumento do IOF é mais uma tentativa vergonhosa de transferir para a sociedade o custo da farra do gasto público”, criticou Zucco.
Segundo o líder da oposição, a medida do governo ocorre porque o presidente Lula ignorou os alertas e preferiu “priorizar cargos, emendas secretas, acordo políticos e a manutenção de uma máquina pública inchada ao invés de enfrentar a verdade”. “Gastar mais do que arrecada não é política social, é caminho certo para a quebradeira”, diz.
Zucco ainda reforçou que a “máscara do tal “arcabouço fiscal” cai por completo”. “Ficou evidente que nunca passou de uma ficção contábil criada para enganar o mercado, adiar o inevitável e sustentar um governo que governa para si, não para o povo brasileiro”.
Por fim, o deputado ressaltou que “a oposição seguirá vigilante e firme na denúncia deste modelo que sufoca a sociedade produtiva, destrói a confiança na economia e empurra o país, perigosamente, para uma crise sem precedentes”.