
O líder do Partido Liberal (PL) na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), disse que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), teria negado a relatoria da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS.
O presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União-AP), leu o requerimento de criação da CPMI no INSS na sessão conjunta de terça-feira 17. A composição da comissão deve ser proporcional entre as Casas: 15 senadores e 15 deputados titulares, além de igual número de suplentes.
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Com a leitura do requerimento já realizada, os partidos têm poucos dias para indicar os nomes que vão compor a comissão. A expectativa é que a CPMI seja instalada oficialmente em agosto, depois do recesso parlamentar.
As primeiras sessões devem definir a estratégia de apuração, a convocação de autoridades e o acesso a documentos das investigações da Controladoria-Geral da União (CGU e da Polícia Federal.
Indicações para a CPMI do INSS
O prazo inicial para os trabalhos será de até 180 dias, podendo ser prorrogado. Os nomes dos integrantes e suplentes ainda devem ser definidos pelos líderes partidários. A designação do relator ainda deve ser feita.
“O Hugo Motta argumentou que a relatoria da CPMI não ficaria com o Partido Liberal, porque também há interesse do Partido dos Trabalhadores”, afirmou Sóstenes a Oeste. “Nesse sentido, o presidente afirmou que o relator será uma pessoa de partido de centro.”
Em entrevista nesta quarta-feira, 18, o líder do PL afirmou que o partido quer que, no final da CPMI, o “relator possa indiciar toda e qualquer pessoa ou instituição, neste caso, sindicato e associações, que tenham usurpado o dinheiro dos nossos aposentados”.
“É isso que se espera”, destacou o parlamentar. “Mas vamos esperar os próximos passos da instalação da comissão. Não quero fazer julgamentos prévios sobre os trabalhos.”