
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter em sigilo as acareações marcadas para a próxima terça-feira, 24, no inquérito sobre a suposta trama golpista. As sessões ocorrerão sem transmissão pela TV Justiça e sem acompanhamento da imprensa. O ministro Alexandre de Moraes presidirá os encontros em Brasília.
+ Leia mais notícias de Política em Oeste
Como resultado, a primeira sessão reunirá os réus Mauro Cid e Walter Braga Netto. A segunda colocará frente a frente o réu Anderson Torres e o general Marco Antônio Freire Gomes, ouvido como testemunha no processo.
A defesa de Braga Netto pediu o adiamento do encontro. O advogado José Luis Oliveira Lima, que está fora do Brasil, sugeriu nova data para o próximo dia 27.
Freire Gomes pediu autorização para participar por videoconferência. O advogado do general afirmou que ele está em Fortaleza, no Ceará, e classificou o deslocamento até Brasília como um ato oneroso. Segundo a defesa, a tecnologia permite conduzir a acareação a distância sem prejuízo ao processo.
Até o momento, Moraes não decidiu sobre os pedidos das partes. A acareação serve para esclarecer divergências nos depoimentos. Os envolvidos permanecem na mesma sessão e respondem às perguntas sobre as contradições apontadas.
Moraes está no centro das divergências entre acusados
Entre os pontos centrais está o depoimento de Mauro Cid. Ele declarou ao STF que recebeu dinheiro em espécie de Braga Netto, entregue em uma sacola de vinho.
O recurso seria destinado ao militar acusado de planejar o assassinato de Alexandre de Moraes. Braga Netto, em contrapartida, negou ter repassado valores ao tenente-coronel.
+ Leia também: “Justiça dos EUA notifica Moraes em ação por censura contra Rumble e empresa de Trump”
Anderson Torres, por sua vez, quer confrontar a versão de Freire Gomes. O general havia relatado à Polícia Federal que, conforme se lembrava, o ex-ministro participou de uma reunião do suposto plano golpista.