
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve o depoimento do comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, como testemunha do almirante Amir Garnier.
Garnier antecedeu Olsen no cargo e o indicou para depor no STF, sobre a suposta tentativa de golpe. Olsen, contudo, requereu à Corte para não comparecer, em virtude de “desconhecer os fatos da ação penal”.
A defesa de Garnier acionou prontamente o Tribunal a fim de manter a oitiva.
“Diante do exposto, indefiro o pedido formulado pela testemunha de defesa, almirante Marcos Sampaio Olsen, que deverá comparecer à audiência a ser realizada amanhã, no dia 23/5/2025, às 14h, conforme decisão proferida em 7/5/2025”, determinou Moraes. “Intimem-se os advogados regularmente constituídos. Intime-se o advogado da União, representando a testemunha de defesa, Marcos Sampaio Olsen.”
Argumentos da defesa de Garnier para manter depoimento de Marcos Sampaio Olsen


Em 2022, Garnier era comandante da Marinha, enquanto Olsen chefiava a área responsável pelo preparo e pelo emprego das forças e dos fuzileiros navais da Marinha. Conforme a defesa de Garnier, Olsen poderia atestar que não houve movimentação de tropas no fim do governo Bolsonaro. Naquele ano, Garnier era o comandante da Força.
“É igualmente essencial esclarecer, sobre o crive do contraditório, se à época dos fatos narrados na denúncia houve qualquer conversa ou tratativa interna relacionada à movimentação, ou preparação de tropas, tendo em vista que a testemunha arrolada exercia, naquele período, o cargo de Comandante de Operações Navais da Marinha do Brasil”, observou o advogado de Garnier, Demóstenes Torres.
Leia também: “O preso de estimação do STF”, reportagem publicada na Edição 269 da Revista Oeste
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