
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, declarou que entregará um dossiê sobre Eduardo Bolsonaro a investigadores da Polícia Federal. A declaração foi feita ao portal Metrópoles nesta terça-feira (27).
Segundo o petista, o documento contém registros de encontros de Eduardo Bolsonaro, nos Estados Unidos, com políticos e integrantes dio governo Trump, cujo os encontros teriam sido para discutir possibilidades de sanções ao ministro Alexandre de Moraes (STF).
No dossiê, também consta um compilado de declarações de Eduardo Bolsonaro, com vídeos e textos, nos quais ele descreve como atua contra o Moraes nos EUA.
“O que Eduardo Bolsonaro está fazendo é mais grave que o 8 de Janeiro. É a continuação do golpe, movimentando uma potência estrangeira para fazer coação no curso do processo”, opinou Lindbergh Farias.
Lindbergh avalia que Eduardo “atua para ameaçar os ministros do STF que julgam Jair Bolsonaro por suposta tentativa de golpe de Estado. “Não adianta Eduardo Bolsonaro apagar vídeos e postagens. Nossa equipe já mapeou e registrou tudo. Inclusive, agendas com autoridades dos EUA que não estavam nas redes sociais”, finalizou o petista.
A iniciativa de Lindbergh ocorre um dia depois de Moraes determinar a abertura de um inquérito contra o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. O petista foi o responsável por acionar a Procuradoria-Geral da República contra o deputado do PL. O inquérito foi aberto após a manifestação favorável do procurador-geral Paulo Gonet.
Inquérito contra Eduardo Bolsonaro
O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro afirmou que há atuação política no pedido de investigação contra ele, enviado pelo PGR ao STF. O deputado também comparou Gonet com Moraes. “Gonet, o seu nome é, junto com Moraes, colocado como um dos principais violadores de direitos humanos”, afirmou Bolsonaro, em vídeo publicado em suas redes sociais.
O envio do pedido de investigação da PGR ocorreu na tarde desta segunda (26) e o ministro Alexandre de Moraes abriu o inquérito logo na sequência. No documento, Moraes mandou a Polícia Federal interrogar o pai do deputado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).