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Liberação de emendas não evitou derrota do governo na Câmara

De 12 a 16 de junho, o governo Lula acelerou o empenho de emendas para deputados e senadores. Os empenhos afetuados nos cinco dias antecederam a votação, na Câmara, que aprovou a urgência do projeto que susta o decreto do governo que aumentou as tarifas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

No dia 12, o governo havia empenhado R$ 93,1 milhões. No dia 16 de junho, o governo já havia liberado R$ 256,2 milhões, o valor representa mais que o dobro em relação ao dia 12.

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Do total empenhado, o governo pagou efetivamente R$ 5,1 milhões. O montante representa apenas 0,01% do orçamento de R$ 50 bilhões reservado para pagamento de emendas em 2025.

Os dados são de um levantamento feito pelo jornal Poder360 a partir dos dados do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop), mantido pelo governo federal.

Segundo o levantantamento, os dados do Siop diferem ligeiramente do Siga Brasil, sistema de informações sobre o orçamento público federal mantido pelo Senado.

O Partido Liberal (PL) – sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro – o Partido dos Trabalhadores (PT) – do presidente Luiz Inácio Lula da Silva – e o União Brasil são os partidos que mais têm emendas reservadas até agora. Os três detêm as maiores bancadas da Câmara.

O PL tem reservado R$ 38,5 milhões em emendas; o PT tem R$ 30,8 mihlões; e o União Brasil, R$ 30,1 milhões.

Os parlamentares que mais receberam emendas em 2025, segundo o Siop, foram:

  • Paulo Paim (PT-RS), senador: R$ 7.431.673;
  • Wellington Roberto (PL-PB), deputado: R$ 6.685.000;
  • Osmar Terra (MDB-RS), deputado: R$ 5.000.000;
  • Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), deputado: R$ 5.000.000;
  • Filipe Barros (PL-PR), deputado: R$ 4.797.277.
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Até aliados votaram contra o governo no caso do IOF

Durante a sessão da segunda-feira 16, o requerimento de urgência para o Projeto de Decreto Legislativo PDL 314/25, do líder da oposição, deputado Zucco (PL-RS), recebeu 346 votos favoráveis.

Desses, 65% foram de partidos que ocupam ministérios do governo Lula. A informação é de um levantamento do jornal O Globo divulgado na terça-feira 17.

O União Brasil, que ocupa três ministérios no governo, deu 55 votos a favor da urgência. Em seguida, o PSD, que também ocupa três pastas, deu 40 votos. O Republicanos, partido que ocupa uma pasta, deu 39 votos.

Leia também: “Todos pagam a conta”, artigo de Rachel Díaz publicado na Edição 273 da Revista Oeste

O MDB deu 34 votos a favor da urgência; o partido tem três ministérios no governo. O PDT, sigla com duas pastas, deu 14 votos. O PP deu 39 votos e o PSB, quatro votos. Os partidos têm, respectivamente, um e três ministérios.

Ao todo, os partidos aliados do governo deram 225 votos a favor da urgência para
derrubar o decreto do IOF. A votação foi considerada pela oposição como uma vitória
histórica.

Hugo Motta disse que votação foi “recado da sociedade”

Ao comentar sobre a votação da segunda-feira, o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que os 346 votos são “um recado claro da sociedade”.

“A Câmara foi apenas o veículo que ecoou essa demanda: o país não aguenta mais aumento de imposto”, escreveu Motta no X. “Toda essa discussão sobre as contas não é sobre quem mora na cobertura ou no andar de baixo. É sobre todos nós que moramos no mesmo prédio. Não é hora de medir forças. É hora de somar coragem para ajustar as contas e fazer o Brasil crescer de forma sustentável.”

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