Politica

Governo Lula condena assentamentos de Israel na Cisjordânia

O governo brasileiro, por meio de nota oficial publicada neste domingo, 1º, condenou nos “mais fortes termos” a decisão do governo de Israel de autorizar a criação de 22 novos assentamentos na Cisjordânia — território que é alvo de disputa histórica no Oriente Médio. 

Em nota, o Palácio do Planalto disse que a decisão de Israel “constitui flagrante ilegalidade perante o direito internacional e contraria frontalmente o parecer consultivo da Corte Internacional de Justiça de 19 de julho de 2024”.

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Na citação, a gestão petista alegou que a Corte “considerou ilícita a contínua presença de Israel no território palestino ocupado e concluiu ter esse país a obrigação de cessar, imediatamente, quaisquer novas atividades em assentamentos e de evacuar todos os seus moradores daquele território”.

“O Brasil repudia as recorrentes medidas unilaterais tomadas pelo governo israelense, que, ao imporem situação equivalente a anexação do território palestino ocupado, comprometem a implementação da solução de dois Estados”, destacou a nota.

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Por fim, o Planalto reafirmou o seu “histórico compromisso com um Estado da Palestina independente e viável, convivendo em paz e segurança ao lado de Israel, nas fronteiras de 1967, incluindo a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, com capital em Jerusalém Oriental”.

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Lula volta a falar que Israel comete “genocídio”

A nota publicada pelo Palácio do Planalto foi acompanhada por mais uma fala polêmica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que voltou a acusar o Estado de Israel de cometer “genocídio” na Faixa de Gaza.

Durante o 16º Congresso Nacional do PSB, Lula declarou: “O que estamos vendo é um exército altamente militarizado matando mulheres e crianças. Isso não é uma guerra, é um genocídio”. A fala reitera o discurso adotado pelo presidente desde o início do conflito, com forte viés ideológico, que ignora o contexto de defesa israelense diante dos ataques do grupo terrorista Hamas.

Além da acusação contra Israel, Lula leu em voz alta trechos da nota do Itamaraty, que afirma que a aprovação dos assentamentos seria uma “flagrante ilegalidade perante o direito internacional” e “contraria frontalmente” o parecer da Corte Internacional de Justiça. O texto também acusa o governo israelense de impor uma “situação equivalente à anexação do território palestino”.

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Assentamentos na Cisjordânia

O anúncio da construção de 22 assentamentos foi feito na quinta-feira 29, pelo ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich. As novas localidades, segundo o governo israelense, fazem parte de um plano de desenvolvimento de regiões chamadas por setores conservadores de “Judeia e Samaria”. O projeto tem apoio da coalizão liderada por Binyamin Netanyahu, considerada a mais conservadora da história do país.

Duas das áreas mencionadas, Homesh e Sa-Nur, são reassentamentos — haviam sido esvaziadas em 2005 como parte de um plano de retirada da Faixa de Gaza promovido por Ariel Sharon. Agora, retornam como símbolo do direito israelense de administrar seu próprio território, diante de uma comunidade internacional cada vez mais hostil.

Enquanto isso, a política externa do governo brasileiro parece seguir um curso ideológico que enfraquece as relações do país com nações democráticas e alinha o Brasil com regimes autoritários e grupos radicais. Para críticos, a postura do presidente Lula compromete a credibilidade internacional do país e marginaliza o Brasil nos principais fóruns de cooperação global.





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