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Governo Lula articula CPI no Senado para driblar CPMI do INSS

Líderes aliados ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva articulam a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) exclusiva do Senado para investigar o escândalo de corrupção no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A proposta surge como alternativa à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), já em curso, que reúne deputados e senadores sob liderança da oposição. Ao optar por um colegiado apenas com senadores, o Planalto busca conter danos e garantir maior influência sobre a condução dos trabalhos.

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Senadores da base admitem que a oposição, liderada por Damares Alves (Republicanos-DF), avança com a CPMI e deve conseguir instalá-la, sem chances de contenção. Diante disso, parlamentares próximos ao governo passaram a discutir a abertura de uma nova comissão, paralela, com estrutura menor e mais controlada.

Os defensores da CPI no Senado alegam que uma comissão mista com 60 membros – metade suplentes, metade titulares – seria pouco eficiente. Eles argumentam que um colegiado com cerca de 20 integrantes permitiria um trabalho mais ágil e organizado.

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Com maioria na Casa, os governistas acreditam que não terão dificuldades em reunir as assinaturas necessárias para instaurar a nova comissão. A proposta deve ser apresentada nos próximos dias ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

Governo falha ao tentar barrar apoio da base à CPMI do INSS

Nos bastidores, integrantes do governo admitem que tentaram convencer a base a retirar o apoio à CPMI da oposição, mas não conseguiram evitar a coleta das assinaturas.

O escândalo no Instituto Nacional do Seguro Social envolve suspeitas de desvio de recursos e concessões fraudulentas de benefícios.

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A oposição acusa o governo de tentar abafar o caso, enquanto senadores da base buscam uma estratégia para assumir protagonismo nas investigações e evitar desgaste político.





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