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Eleição do PT terá cédulas de papel depois de restrição a urnas

A escolha do Partido dos Trabalhadores (PT) em adotar cédulas de papel em sua eleição interna marca uma mudança de planos para o pleito previsto para 6 de julho. A sigla buscou as urnas eletrônicas junto à Justiça Eleitoral, porém conseguiu autorização em apenas 15 Estados, o que inviabilizou o uso do sistema em todo o território nacional.

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Em reunião realizada na quarta-feira 21, a executiva nacional do PT tomou a decisão pelos papéis de maneira unânime. O partido havia tentado articular o empréstimo dos equipamentos em março, durante encontro com a presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia. Ela esclareceu que a decisão caberia aos Tribunais Regionais Eleitorais (TRE) de cada Estado.

Negativa de Estados e obstáculos logísticos

Quatro Estados – Alagoas, Espírito Santo, Minas Gerais e Pernambuco – negaram o empréstimo das urnas eletrônicas, enquanto outros sete ainda estavam em fase de negociação.

Entre os argumentos apresentados pelos TREs, estavam preocupações com segurança e questões logísticas. Tradicionalmente, os equipamentos são cedidos sem custos, mas a responsabilidade pela logística é de quem solicita.

Conforme a sigla, a pretensão de recorrer às urnas eletrônicas era para garantir maior segurança na apuração dos votos de aproximadamente 3 milhões de filiados, número que a legenda afirma ter atualmente. Estarão aptos a votar todos os filiados que ingressaram no partido até 28 de fevereiro de 2025.

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“Como a Justiça Eleitoral não teve condições de disponibilizar as urnas eletrônicas para a realização do PED [Processo de Eleição Direta] em todos os municípios do Brasil decidimos manter nosso PED com voto em cédula”, afirmou o secretário-geral nacional do PT, Henrique Fontana (RS).

As cédulas serão impressas pelo próprio partido, e a apuração dos votos será feita manualmente. Depois de 12 anos, a legenda retoma o modelo de eleição direta entre filiados, com o primeiro turno agendado para 6 de julho. Se necessário, um segundo turno ocorrerá no dia 20 do mesmo mês.

Disputa pelo comando do PT

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Bandeira do PT | Reprodução/Redes sociais

O processo eleitoral definirá o próximo presidente nacional do partido. O favorito é Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara, apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e representante da corrente Construindo um Novo Brasil. Outros quatro candidatos estão na disputa: Rui Falcão, Romênio Pereira, Valter Pomar e Dani Nunes.

Em eleições anteriores, nos anos de 2017 e 2019, Gleisi Hoffmann, atualmente ministra das Relações Institucionais, venceu a presidência do PT, com o apoio de Lula. Tais pleitos combinaram métodos presencial e eletrônico.





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