
O ex-ministro José Dirceu (PT) divulgou uma carta oficializando o apoio à candidatura de Edinho Silva, que disputa o comando do Partido dos Trabalhadores (PT) com o deputado federal Rui Falcão (SP), o secretário de Relações Internacionais do partido, Romênio Pereira, e o historiador Valter Pomar.
Na carta, José Dirceu defende a unidade da esquerda, ataca o Banco Central (BC) e a Faria Lima, critica o Congresso e fala em “concluir a revolução social brasileira”.
“Edinho conhece o mundo parlamentar e vem de uma vida de lutas. Creio que ele está à altura do desafio de presidir o PT nesse momento histórico e nessa conjuntura que enfrentamos”, diz um trecho do documento divulgado no fim de semana.
“Temos a tarefa de praticamente reconstruir o PT depois de uma década de atraque frontal, de perseguição e mesmo tentativas de cassação de nosso registro, sem falar no golpe parlamentar-jurídico que sequestrou o mandato da nossa presidenta (sic) Dilma e da infame prisão do nosso companheiro Lula num processo ilegal, sumário e político, felizmente já anulado pelo Supremo Tribunal Federal. A tarefa de unificar toda a esquerda numa frente que vá além do PV e do PCdoB para enfrentar o PL e o bolsonarismo”, diz outro trecho.
Banco Central
Dirceu critica o que chama de cartel bancário e financeiro e defende uma “radical reforma tributária” para “pôr fim à apropriação e expropriação da renda nacional pelo capital financeiro e agrário, num circuito entre Banco Central e a Faria Lima”.
Congresso
Ao tratar sobre o Congresso, Dirceu acusa os deputados de avançarem sobre os poderes constitucionais do presidente da República a partir do “desvirtuamento das emendas parlamentares e os desvios de recursos para fins eleitorais e mesmo enriquecimento ilícito.”
Por fim, Dirceu confere ao PT “a tarefa histórica de concluir a revolução social brasileira inacabada”.