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Carlos Bolsonaro critica prisão de Marcelo Câmara

O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) usou as redes sociais para criticar a prisão do coronel Marcelo Câmara, ex- assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro. O militar foi preso nesta quarta-feira (18) por tentativa de obstruir a investigação sobre a suposta tentativa de golpe de Estado.

Segundo Carlos Bolsonaro,  a prisão de Câmara acontece no mesmo contexto que a do general Braga Netto, também preso por tentar interferir nas investigações do caso. “Se o nome de alguém aparece na narrativa do delator, isso basta para justificar medidas extremas. Provas concretas? Não são exigidas com o mesmo rigor”, afirmou o vereador.

A prisão foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pois o ex-assessor de Bolsonaro teria se comunicado com outros investigados pelas redes sociais. O advogado de Câmara, Eduardo Kuntz, admitiu que falou com Mauro Cid, delator na ação do golpe, pelo Instagram.

Kuntz afirma que Cid o procurou. Segundo Carlos Bolsonaro, tanto a prisão de Câmara quanto a de Braga Netto tem o intuito de preservar a delação do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

“O que se observa é uma tentativa de sustentar, a qualquer custo, uma colaboração premiada marcada por falhas graves, que se tornou o principal pilar de uma narrativa construída após anos de investigação sem a comprovação de crime algum”, disse o filho do ex-presidente.

Carlos Bolsonaro é indiciado pela PF

A fala do vereador Carlos Bolsonaro acontece após a Polícia Federal pedir o seu indiciamento no caso da chamada Abin Paralela. De acordo com a investigação, o o filho do ex-presidente foi o idealizador e comandante do suposto esquema de espionagem na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

“Carlos Bolsonaro situava-se, portanto, no núcleo político da ORCRIM [organização criminosa], exercendo papel de comando na estratégia de desinformação e na articulação de estruturas clandestinas”, aponta a investigação.

Além do vereador, a PF também pediu o indiciamento do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin. Ao todo, 36 pessoas foram indiciadas no caso. Na lista estão ainda nomes que integram a atual gestão da agência, como os delegados Luiz Fernando Corrêa, diretor-geral da Abin, o chefe de gabinete Luiz Carlos Nóbrega e o corregedor-geral José Fernando Chuy. Todos eles são delegados de carreira da Polícia Federal nomeados ao cargo no governo Lula. Procurada, a Abin não comentou.

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