
Durante o programa Café com a Gazeta do Povo desta quarta-feira (18), a comentarista Anne Dias, afirmou que o “Congresso está se credibilidade” perante a opinião pública. Isso porque, uma pesquisa Datafolha revelou, nesta terça-feira (17), que 76% dos brasileiros são contra a proposta em tramitação no Congresso. Apenas 20% dos entrevistados são a favor, enquanto 2% não sabem e 1% são indiferentes.
De acordo com Anne, é fundamental ouvir a opinião pública e ela demonstra que o aumento no número de deputados não é aprovado. Ela ressalta que o papel do deputado federal é relevante para a democracia, mas a pesquisa vem como uma resposta do povo aos parlamentares diante da omissão em diversos casos recentes que envolvem a política e o Poder Judiciário.
“Quando o assunto é fiscalização não vemos uma atuação eficiente. Quando precisamos que legislem sobre assuntos importantes, isso também não acontece. Viraram deputados de redes sociais e que não se debruçam sobre temas essenciais para o desenvolvimento do país. Quando as pautas prioritárias estouram, eles correm. O Congresso é mais uma instituição sem credibilidade perante a opinião pública”, disse.
Mesmo com rejeição, Senado pode aumentar número de deputados
Com o prazo imposto pelo STF se encerrando em 30 de junho, o Congresso acelerou a tramitação do projeto. De acordo com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), a inclusão da proposta na pauta desta semana atende a um pedido do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Alguns dos líderes no Senado consideram o tema secundário e questiona o impacto financeiro da medida. Segundo dados da Mesa Diretora da Câmara, cada nova cadeira de deputado pode gerar um custo anual de R$ 3,6 milhões. Com 18 novos parlamentares, o impacto estimado seria de R$ 64,6 milhões por ano.
O presidente do Senado, no entanto, minimizou o peso fiscal da proposta. “A Câmara dos Deputados fez um estudo sobre isso e o mais adequado diante da decisão judicial é fazer a ampliação desses Estados. Não saiu da cabeça do presidente Lula. Eu conversei com vários senadores e vários deputados, foi uma decisão feita coletivamente, tentando buscar o melhor caminho do entendimento”, afirmou.
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