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Agenda de viagens de Lula contraria planos do chefe da Secom

Desde que assumiu a Secretaria de Comunicação Social (Secom), em janeiro, Sidônio Palmeira afirmou ter como prioridade tornar Lula “presidente muito mais presente”. O objetivo era recuperar popularidade, ao ampliar a visibilidade do petista nas redes sociais e em viagens pelo país.

No entanto, neste primeiro semestre, a agenda interna de Lula foi mais enxuta que no ano anterior, segundo apuração do jornal O Globo

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De janeiro a junho de 2024, o presidente da República visitou 36 cidades em 12 Estados. No mesmo período deste ano, foram 28 cidades em 14 Estados. Ou seja, houve queda de 32% nos compromissos fora de Brasília.

Lula e JanjaLula e Janja
No primeiro ano de governo, Lula gastou R$ 65,9 milhões com viagens ao exterior; 41% a mais do que ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) | Foto: Reprodução/@lulaoficial

Na contramão da agenda nacional, as viagens internacionais aumentaram. Nos seis primeiros meses de 2024, Lula esteve em sete países: Egito, Etiópia, Guiana, São Vicente e Granadinas, Colômbia, Suíça e Itália.

Já em 2025, no mesmo intervalo, o petista esteve em dez nações: Uruguai, Japão, Vietnã, Honduras, Vaticano, Rússia, China, França, Mônaco e Canadá — esta último para a cúpula do G7, marcada para esta terça-feira, 17.

O gasto do governo federal com diárias, passagens e locomoção foi de R$ 789,1 milhões no primeiro trimestre de 2025. A soma representa um aumento real — descontada a inflação — de 29,1% em relação ao mesmo período de 2024, quando as despesas totalizaram R$ 611 milhões. 

Esse valor é o maior da série histórica iniciada em 2011. Os dados foram disponibilizados pelo Tesouro Nacional, no relatório do resultado primário de março de 2025.

Sidônio Palmeira, ministro da secretaria de Comunicação do governo Lula | Foto: Reprodução/X

Apenas com diárias, os gastos chegaram a R$ 449,1 milhões de janeiro a março — um aumento de 26,1% em comparação com o mesmo período de 2024. A cifra supera inclusive o recorde anterior, de R$ 417,5 milhões, registrado em 2014, no governo de Dilma Rousseff. 

As despesas com passagens e locomoção somam R$ 340 milhões, alta de 33,4% ante o mesmo intervalo de 2024. O montante também é maior que o recorde anterior de R$ 311,3 milhões, também da era Dilma.

No acumulado dos primeiros trimestres de 2023, 2024 e 2025, os gastos com viagens somaram R$ 2 bilhões. O número é 52,1% superior aos R$ 1,3 bilhão registrados nos quatro anos do governo Jair Bolsonaro. 





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