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Ramuth faz balanço sobre privatizações e cracolândia em SP

O vice-governador de São Paulo, Felicio Ramuth, fez um balanço sobre as ações que o governo do Estado vem desenvolvendo com o programa de desestatização e com o combate ao tráfico de drogas na capital, mais especificamente, com a desmobilização da cracolândia localizada na Rua dos Protestantes.

Ramuth tratou dos temas durante participação no programa Oeste com Elas, nesta segunda-feira, 23.

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Ao tratar do problema da cracolândia, Ramuth disse que o governo escutou opiniões de especialistas de matizes ideológicas diversas e buscou experiências internacionais para avaliar qual seria o melhor caminho.

“Tínhamos muita gente boa fazendo boas ações, mas de forma descoordenada”, disse o vice-governador. “Era como se estivessem todos no mesmo barco, cada um remando em direções diferentes, ou seja, gastando recursos e energia com poucos resultados.”

De acordo com Ramuth, o diferencial da ação que desmobilizou a cracolândia na Rua dos Protestantes está na integração entre diversos órgãos dos governos estadual e municipal, ONGs, igrejas e associações.

“Fomos juntar todos, ver o que cada um poderia fazer de melhor e fazer com que tivéssemos essa coordenação dos trabalhos”, afirmou.

O vice-governador destacou que em 2022, ano da disputa eleitoral que deu vitória à atual gestão estadual, haviam 200 pessoas internadas para tratar a dependência de drogas, na cidade de São Paulo.

Segundo Ramuth, dois anos e meio depois, esse número passou para 25 mil internações voluntárias só na capital. Além disso, o vice-governador destacou a criação de 40 casas terapêuticas na cidade.

“Trabalho que foi feito sem muita divulgação”, afirmou. “A gente sabe que aquela questão da cracolândia já foi alvo de muita ‘mídia’ de outros governantes e a gente não queria incorrer nos mesmos erros.”

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Esvaziamento da cracolândia causou suspresa no mês passado

No dia 13 de maio, a cracolândia amanheceu vazia. Na ocasião, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), expressou surpresa com o sumiço repentino dos usuários.

No início da manhã do dia 13, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que a sua gestão está fazendo o que “ninguém teve coragem de
fazer”. O governador também prometeu “acabar” com a cracolândia.

Ação contra traficantes dificultou distribuição de drogas na cracolândia

O processo que resultou na saída dos usuários de drogas da Rua dos Protestantes coincidiu com a operação policial de remoção dos moradores da Favela do Moinho. As autoridades anunciaram a operação no dia 14 de abril.

Os governos municipal e estadual informaram que a favela funcionava como ponto de
armazenamento e distribuição de drogas no centro da capital.

Ramuth disse que as autoridades prenderam 1.000 traficantes só na Rua dos Protestantes, em 50 operações policiais.

“Pela primeira vez na história a gente sabia quem estava lá”, revelou o vice-governador. “Fazíamos essas operações e qualificávamos as pessoas.”

Ramuth ainda reclamou da falta de informações sobre a cracolândia em gestões anteriores e disse que sua gestão criou um “repositório de dados” para auxiliar gestões futuras.

Os governos municipal e estadual expandiram a operação da Rua dos Protestantes para o centro da capital onde, segundo Ramuth, continua o trabalho de coleta de informações, encaminhamentos para o serviço de saúde e ações de segurança pública.

Programa de privatizações

Quando questionado sobre a agenda de privatizações prevista para este ano no Estado, Ramuth destacou o leilão para troca das matrizes energéticas de todas as balsas usadas em travessias hídricas e reestruturação dos terminais.

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Ramuth também citou um leilão previsto para setembro envolvendo a construção de um túnel imerso que ligará as cidades de Santos e Guarujá.

O vice-governador, que preside o Conselho de Desestatização do Estado, disse que conheceu as obras do maior túnel imerso do mundo, que liga a Dinamarca à Suécia, e pretende aplicar o mesmo método construtivo em São Paulo.

A parte imersa da obra terá 800 metros, segundo o vice-governador. Ao todo, a construção terá 1,5 mil metros. O custo total está orçado em R$ 6 bilhões.

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Além desses dois leilões, Ramuth citou a concessão das linhas 10 e 14 da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que liga o ABC Paulista a Guarulhos.

“Estamos concedendo todas as linhas da CPTM”, explicou. “Este ano já fizemos o leilão das linhas 11, 12 e 13. Quem ganhou foi a maior empresa de trens do mundo [a chinesa  CRRC, junto com o Consórcio C2 Mobilidade sobre Trilhos].”

Por fim, o vice-governador citou a previsão de leilões envolvendo a reestruturação do centro administrativo da capital e a concessão de rodovias.





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