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Janja é recordista de requerimentos

O volume de indagações e requerimentos contra a primeira-dama Janja da Silva estabeleceu um novo patamar nas relações entre o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto.

Desde a posse do presidente Lula em 2023, a Câmara dos Deputados registrou 95 requerimentos de informação sobre Janja, superando amplamente qualquer outra primeira-dama. Os pedidos tratam de despesas, viagens, compromissos e da infraestrutura oferecida a Janja.

Os ministros do governo federal têm o prazo legal de 30 dias para responder a esses requerimentos, sob risco de crime de responsabilidade. Assim, parte significativa da rotina administrativa foi direcionada a responder indagações sobre a atuação da primeira-dama.

Para efeito de comparação, Michelle Bolsonaro recebeu 18 questionamentos formais durante os quatro anos de mandato de Jair Bolsonaro.

Solicitações de informações sobre Janja

Fachada do Congresso Nacional, a sede das duas Casas do Poder Legislativo brasileiro, a Câmara dos Deputados e o Senado FederalFachada do Congresso Nacional, a sede das duas Casas do Poder Legislativo brasileiro, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal
Fachada do Congresso Nacional, a sede das duas Casas do Poder Legislativo brasileiro, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal | Foto: Leonardo Sá/Agência Senado

Além dos deputados, cidadãos também têm usado a Lei de Acesso à Informação para pedir dados sobre a agenda, viagens e estrutura de apoio da primeira-dama Janja. Segundo levantamentos, esse tipo de cobrança não tem precedentes em relação às antecessoras dela. Nesses casos, o governo é quem deve responder aos pedidos do público.

O interesse na atuação de Janja aparece também nas pesquisas de opinião. De acordo com o Datafolha, 36% acham que ela atrapalha o governo Lula, 14% dizem que ela ajuda, 40% são indiferentes e 10% não têm opinião. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Justificativas do governo Lula

Em março, 20 deputados do PL e do União Brasil enviaram à Casa Civil um requerimento com 27 perguntas sobre o papel de Janja. Eles indagaram, entre outras coisas, se ela participa de reuniões oficiais, se há registros dessas agendas, quais as regras que permitem o uso de servidores por ela e se sua conduta em eventos fere normas de decoro.

A Casa Civil recebeu o documento em 17 de março e respondeu em 22 de abril. No retorno, afirmou que não é responsabilidade do órgão fornecer informações sobre as atividades da primeira-dama.

Também destacou que Janja não é servidora pública, não ocupa cargo público ou eletivo, não tem equipe própria e, por isso, não está sujeita às regras da Lei 8.112/1990, que trata dos deveres dos servidores.

O número de requerimentos sobre Janja cresceu ao longo do governo Lula. Foram nove em 2023, 46 em 2024 e já chegam a 40 até junho de 2025. Do total, 76 pedidos vieram do PL, partido de oposição.

As solicitações vão de questões administrativas a dúvidas sobre a postura e influência da primeira-dama nas decisões do governo.

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