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Residências diplomáticas no exterior custam R$ 175 mi por ano

Residências diplomáticas mantidas pelo governo brasileiro no exterior representam um gasto anual de R$ 174,8 milhões. Esse valor é distribuído entre aluguéis, taxas de condomínio e manutenção. O levantamento foi feito pelo jornal O Globo e obtido via Lei de Acesso à Informação (LAI).

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Entre os 188 imóveis utilizados por representantes do país, 60 pertencem ao patrimônio nacional, enquanto o restante é alugado para acomodar chefes de missão e realizar eventos oficiais.

Do valor total, R$ 87,8 milhões correspondem a despesas com aluguel e encargos de condomínio. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a seleção dos imóveis leva em conta localização estratégica, dimensões e padrão adequado à representação, já que essas residências funcionam como espaços de recepção diplomática.

Critérios para escolha e expansão das residências

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva | Foto: Divulgação/Ricardo Stuckert

De acordo com nota do ministério, os parâmetros para a escolha das residências “são estabelecidos pela Secretaria de Estado das Relações Exteriores, depois de estudos com base em dados da consultoria Mercer sobre custos imobiliários globais, além de aspectos logísticos, peculiaridades locais e limites orçamentários”.

Nos últimos dois anos, houve a inauguração de oito novos postos diplomáticos, cada um exigindo a instalação de uma residência oficial para o representante.

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O levantamento revela que o Brasil mantém imóveis de alto valor em países com diferentes níveis de importância comercial. Na Suécia, 53ª no ranking de exportações brasileiras, está uma das dez moradias mais caras do serviço diplomático.

Já em Praga, a residência ocupa a 12ª posição em custos, mesmo com a República Tcheca situada no 124º lugar entre os principais mercados brasileiros.

Exemplos de custos elevados em diferentes países

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O aluguel do imóvel em Praga, um palacete de dois andares a seis quilômetros da embaixada, chega a R$ 1,26 milhão por ano, além de R$ 827 mil gastos anualmente com quatro funcionários.

Em Viena, a residência oficial, distante apenas 350 metros da embaixada, gera um custo de R$ 1,7 milhão por ano, sendo R$ 530 mil de aluguel e US$ 43 mil em taxas de condomínio. A Áustria ocupa o 108º lugar entre os importadores do Brasil.

Em Budapeste, capital da Hungria, o governo aluga uma cobertura no bairro Lipótváros por US$ 14 mil mensais, equivalentes a R$ 78.800. A Hungria aparece na 93ª posição entre os destinos das exportações brasileiras.

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Além dos aluguéis, R$ 77 milhões são destinados anualmente ao pagamento de 544 funcionários que trabalham na manutenção das residências, enquanto R$ 10 milhões vão para contratos de segurança, jardinagem e limpeza em 153 imóveis.

A unidade diplomática em Buenos Aires é a segunda mais onerosa, mesmo sendo patrimônio do Brasil e localizada próxima à embaixada. Com 14 funcionários, a despesa anual chega a R$ 4 milhões. Em Washington, nos Estados Unidos, os salários de dez empregados totalizam R$ 2,89 milhões por ano.





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