Os advogados de defesa do general Walter Braga Netto protocolaram um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para aprofundar a investigação sobre o perfil “@gabrielar702”, no Instagram. A conta, segundo revelação da revista VEJA, foi utilizada de maneira clandestina pelo tenente-coronel Mauro Cid, delator do caso que envolve a suposta tentativa de “golpe” no fim do governo Bolsonaro.
Braga Netto, preso desde o final de 2024, figura como réu por envolvimento direto na articulação do suposto “golpe”. Já Mauro Cid, que serviu como ajudante de ordens do ex-presidente, prestou depoimento no qual omitiu o uso da referida conta. Documentos e provas apresentados pela reportagem indicam que ele manteve conversas sobre a própria delação com uma pessoa próxima a Jair Bolsonaro, e contrariou o que afirmou à Justiça.
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Ainda na sexta-feira, o ministro Alexandre de Moraes solicitou à Meta, responsável pelo Instagram, o envio de dados como login, cadastro e mensagens trocadas por meio do perfil. A defesa de Braga Netto, no entanto, exigiu ampliação dessas informações. O pedido inclui o endereço de IP, data e horário da criação da conta, localização, histórico de acessos e aparelhos utilizados.
Os advogados de Braga Netto também requerem dados de recuperação da conta, como telefone, e-mail e autenticação em dois fatores
Os advogados também requerem dados de recuperação da conta, como telefone, e-mail e autenticação em dois fatores. Solicitam, além disso, mudanças feitas no nome do usuário, fotos de perfil, conexões com outras plataformas (como Facebook e WhatsApp), conteúdos publicados e até mesmo arquivos excluídos. Informações sobre métodos de pagamento, transações, denúncias recebidas e possíveis vínculos técnicos com outros perfis também constam na petição.
“É de interesse desta defesa que a situação seja efetivamente esclarecida e investigada, considerando que pode vir a corroborar as irregularidades já expostas do acordo de acordo de colaboração”, diz a defesa.
