
O Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu que suas eleições internas, marcadas para o próximo dia 6 de julho, serão feitas por meio de cédulas de papel. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (21) pela executiva nacional da sigla, após a Justiça Eleitoral não disponibilizar urnas eletrônicas para o pleito.
O partido chegou a solicitar o empréstimo dos equipamentos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que informou que a decisão caberia a cada Tribunal Regional Eleitoral (TRE). No entanto, o avanço nas negociações com cada um dos TREs não avançou, o que inviabilizou a realização do processo de forma unificada em todo o país.
Para evitar que alguns estados tivessem sistemas diferentes de votação, o PT optou por adotar as cédulas de papel em todas as regiões. “Como o TSE não consegue fornecer urnas eletrônicas em todos os estados e cidades onde haverá votação, chegamos à conclusão de que é melhor fazer com cédulas para ficar igual no Brasil inteiro. Faremos como no último PED [Processo de Eleição Direta]”, explicou o secretário-geral do partido, Henrique Fontana, ao g1.
As eleições definirão os novos dirigentes da sigla em todo o país. O pleito será direto, com participação dos filiados, e a apuração dos votos será manual.
Eleição para presidente do PT tem cinco candidatos
O ex-prefeito de Araraquara e atual presidente da Fundação Perseu Abramo, Edinho Silva, desponta como favorito para assumir a presidência do partido. Edinho reúne o apoio da maior corrente interna do PT e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Aliados avaliam que ele poderá vencer a disputa já no primeiro turno.
Além de Edinho, outros quatro nomes concorrem ao comando nacional do partido:
- Rui Falcão
- Romenio Pereira
- Valter Pomar
- Dani Nunes
O novo presidente eleito tomará posse durante o encontro nacional do PT, previsto para agosto. O mandato terá duração de quatro anos.